Ai gente, não gosto de despedidas mas estamos chegando ao fim dessa viagem dos sonhos. Foi tão bom reviver tudo isso contando pra vocês. Como vou fazer agora?
O último dia foi tão lindo e eu nem sei dizer exatamente o motivo. Na verdade acho que até sei. Quando eu ainda estava na fase da escolha dos parques, eu perguntava pra todo mundo quais eram os principais e o Animal sempre estava excluído e eu já havia decidido fazer 6 parques. Por diversas vezes pensei em fazer o Sea World no lugar do Animal. Mas quando fomos fechar os ingressos, tinha a tal promoção de comprar 4 e ganhar 6. Daí eu acabei sendo escolhida pelo Animal e desistindo do Sea.
Mas continuei não apostando muito no parque e o deixei para o último dia. E como acredito muito nos propósitos da vida, hoje entendo que foi pra fechar com chave de ouro e deixar um gostinho de quero mais.
O dia amanheceu com o marido abrindo os olhos e perguntando: “Você tem certeza que hoje ainda tem parque?” hahaha... o dia estava lindo, fresco e mesmo com todo o cansaço, ainda tinha parque.
Eu fiquei tão desapontada por não ter curtido o Hollywood Studios como gostaria que pensei em desistir do Animal e ir ao Hollywood mais uma vez. Mas não. Algo me dizia que eu devia ir, eu tinha conseguido FastPass para as atrações mais recomendadas e consegui, de última hora, reservar um almoço no Tusker House. No dia anterior, quando precisei cancelar a reserva do Hollywood & Vine, corri no app e consegui, inesperadamente, a reserva pro Tusker. Fiquei tão feliz e só isso já era motivo pra ir ao parque.
Fomos direto para o Expedition Everest. Alice não tinha altura, como sempre. Rodrigo não vai nem sonhando num trem daquele. Eu e João fomos sozinhos. Não enfrentamos fila alguma com o FastPass e foi muuuito divertido. Aquela montanha russa é ótima, dá uns sacolejos mas é demais. O cenário é super original!
E então fomos pro Kali River Rapids. Eu adoro os que molham mas não tava afim de ficar encharcada. Mas o João queria muito ir e pediu pra ir sozinho. Pensei bem, marido achou que não tinha problema. E lá se foi meu menino sozinho. Mas mal ele saiu de perto de mim bateu um faniquito porque me toquei que a entrada era de um lado e a saída de outro completamente diferente. E eu fui lá pra ponte de onde dá pra ver os botes passando. Esse menino não aparecia, foi me dando um desespero. Jesus! Deixei o marido com a Alice lá na ponte vigiando os botes e entrei na atração, percorri todo o caminho da fila (que é enorme!), empurrando o povo, dizendo em português: “dá licença, tô procurando meu filho!” hahaha.... pense num apavoramento! Meodeos. Não desejo pra ninguém. E cheguei até onde o povo entra nos botes e nada dele. Voltei, né? Com o coração na boca e lá estavam os três me esperando na porta da atração, morrendo de rir da minha cara e me chamando de neurótica. Ok, sou mesmo, assumo. Mas perder menino é coisa muito séria. Gosto nem de pensar nisso. Aliás, tenho uma dica. Mandei fazer tatuagens para as crianças, elas duram 3 dias e têm todas as informações da família.
Bom, João amou a atração e queria ir de novo... e eu deixei??? Nem pensar!!! hahaha
Seguimos para o teatro do Rei Leão. Ah gente, agora eu vou apanhar.
Ouvia todo mundo dizer que era a atração mais linda do planeta. Eu achei muito linda mas achei longa demais. Parecia uma eternidade. Marido achou também. Será que foi a falta do inglês? Não sei dizer. Mas ainda assim posso dizer que valeu. As cores são lindas, figurino maravilhoso, trilha sonora e tal. É lindo sim. Só achei que podia ser mais curto. Pronto, falei.
Saímos do Rei Leão e já era a hora da nossa reserva no Tusker House, restaurante com personagens. Como eu disse no começo do relato, consegui essa reserva de última hora, um dia antes eu entrei no aplicativo e marquei para um ótimo horário, 12h35. Foi muita sorte porque a fila de espera estava enorme. Fomos prontamente atendidos e encaminhados pra nossa mesa. O ambiente é agradável, porém sem luxo algum (bem diferente dos restaurantes do Magic Kingdom), tudo é até muito rústico, acompanhando o “clima safari” do parque. O buffet é livre e a comida bem variada, todos os tipos de carne, arroz (até arroz! Mas sem feijão rs), purê de batata, pastas, uma infinidade de coisinhas fritas tipo bolinhos, salgadinhos, empanados, etc. Saladas com legumes, verduras e conservas. Frutas e muitas opções de sobremesa. Tudo isso - e também bebidas não alcoolicas - incluído no preço por pessoa que é $42 adulto e $ 25 crianças. O total da conta com gorjetas foi $213 porque o marido bebeu cervejas que são cobradas à parte.
O que eu posso dizer sobre o Tusker House? É caro? Eu acho, foi a nossa conta mais alta da viagem toda. Mas considerando que fizemos apenas dois restaurantes com personagens, valeu a pena sim. Especialmente pra quem tem crianças, claro. O Mickey, o Pateta, a Margarida e o Pato Donald - todos vestidos de safari - vêm até a mesa mais de uma vez. Tiram fotos e interagem conosco. E, de tempo em tempo, eles fazem um desfile pelo salão do restaurante e as crianças vão dançando e cantando atrás. É muito legal. Tanto que passamos duas horas lá dentro. Não dá vontade de ir embora. E ninguém fica te pressionando pra desocupar a mesa. Rodrigo estava tranquilo tomando a cerveja dele, João comeu brownies em quantidades absurdas (segundo ele, é o melhor da vida!) e então não tivemos pressa pra sair. Enquanto isso todos nós aproveitamos e muito os personagens! Valeu super!
Dica para o Tusker: não deixe de fungar o cangote do Mickey. Ele é absurdamente cheiroso! 😜
Bom, de barriguinhas bem cheias, fomos passear pela “África”. Eu simplesmente AMEI o clima desse parque. O melhor é que não tem sol na cara, muito gostoso e fresquinho passear no meio de tanto verde. Toda hora você é surpreendido com animas, ora macaquinhos pulando de árvore em árvore, ora esquilos passando pelo chão. Fantástico. Sem contar nos showzinhos de música espalhados pra todo lado. A música é animada, o ritmo contagiante. Parei e dancei. Achei sensacional.
Marido partiu pro RainForest e marcamos um encontro lá no fim do dia. Prefiro assim. A essa altura do campeonato, 10º dia de viagem, ele já não estava valendo nada. Melhor não insistir. Liberei o homem pra sentar no bar e fui curtir com as crianças.
E então fomos conhecer a atração dentro da árvore – It’a Tough to be a Bug! – um filme 3D com insetos. Os óculos são em formato de formiga, divertidos! Tudo lá dentro é no escuro, talvez um pouco “assustador” pra crianças muito pequenas. João achou o máximo mas Alice sentiu um medinho e se agarrou a nós em alguns momentos. No final tem uma surpresa engraçada que não vou contar. Vale a pena conferir!
Saindo dali à direita é possível tirar fotos com os personagens do filme Up Altas Aventuras – Russell (o menino) e Dug (cachorro). E não é simplesmente o momento de foto com os personagens. O Russell é literalmente um fofo. Abraça, faz graça, eu o vi até deitando no chão com crianças. Com o João ele fez a maior farra. Valeu cada minutinho de fila.
E então fomos direto ver a Pocahontas. Talvez essa tenha sido a nossa maior fila no parque. Já perceberam que não ficamos em filas, né? Se a fila tá grande, pulamos pra próxima atração. Paciência meio curta pra fila e a certeza de que nunca poderemos ir à Disney em alta temporada. Mas ok, aqui na Pocahontas esperamos felizes mais de 40 minutos. Acontece que ela saiu pra lanchar e demorou pra voltar e nós já erámos os primeiros na corda. Então esperamos. A atração é bem escondida e você não vê o personagem até chegar lá. Fica um suspense. A fila fica completamente fora e você dá uma volta pra chegar até ela. Mas aqui também, como em quase todo o parque, é tudo coberto com árvores, então não tem espera no sol. Sentamos no chão e ficamos tranquilamente esperando chegar a nossa vez.
Ai gente, posso chorar lembrando? Que princesa!!! Nunca morri de amores pela Pocahontas até conhecê-la pessoalmente. Ela é tão linda, mas tãooo linda, que eu nem sei explicar o que senti. O carinho e a atenção dela com a Alice foi uma coisa muito especial. Alice ficou olhando pra ela faltando babar. E ela falou, falou, falou, e Alice com aquela cara de que tava entendendo tudo #sqn! hahaha. Mas a Pocahontas não dava tempo nem pra eu dizer “she doesn’t speak english” (que geralmente eu falava pros personagens), mas enfim... deixei a moça falar igual a uma maritaca. E no final elas super se entenderam. E ela ainda fez de tudo pro João ir lá ganhar um beijo também e ele não quis de jeito nenhum... hehehe. Menino bobo, viu!? Que fase essa dos 10 querendo ter 15!
Partimos então para a DinoLand, um lado mais colorido do Animal. As árvores se perdem em meio a brinquedos com cara de parque de diversão. E isso enche os nossos olhos, né? Eu achei linda essa área. Logo na entrada o Pato Donald estava tirando fotos e dando autógrafos, mas como tínhamos acabado de ter um almoço vip com ele, não fazia sentido entrar na fila novamente.
Partimos para a Primeval Whirl – uma montanha russa que divide a opinião do público. Tem gente que ama, tem gente que odeia. Ela é giratória e turbulenta, pelo menos pra quem vê de fora. Alice nem de longe passou na altura mínima que é 122cm, mas João me enlouqueceu pra ir. Então eu perguntei o moço se ele podia ir sozinho, ele perguntou a idade, eu disse 10. E ele fez uma cara de “claro que pode, mãe, relaxa!”. E então, com o coração na mão depois da experiência de mais cedo, eu deixei. Lá se foi ele feliz da vida. E eu de olho, acompanhando o menino naquela fila enorme.
Resolvi ir esperar lá na saída, enquanto isso eu e Alice jogamos um joguinho de tiro ao alvo no Fossil Fun Games e pegamos uma pipoca pra esperá-lo. Quando ele sai de lá animadíssimo. Disse que gostou. Então tá, né? Valeu!
Ali do lado tem o The Boneyard – um playground super legal onde crianças do mundo todo interagem como se falassem uma língua só e fossem amigos de infância. Já disse pra vocês que Alice ama um parquinho e essas foram as únicas atrações onde ela chorou pra não ir embora, inclusive no playground do outlet. Então ela adora e eu acabo por dedicar um bom tempo nesses lugares. A pobre já não tem altura pra brincar em quase nada, então deixo a menina curtir o Play e o irmão entra na farra também e esquece, por alguns minutos, que é – quase – um adolescente. Aff!
Ali tinha o Nemo, mas não, eu não fui. Me julguem. O tempo já estava curto, eu tinha sentido um sono profundo no Rei Leão, já tinha visto Nemo no Epcot e enfim, optamos por pular essa atração e partimos para o outro lado do parque.
Eu pensei em assistir a mais um showzinho de música africana – é besta mas eu adorei isso, hahaha! – e saímos andando sem muito rumo. Encontramos um lindo aquário perdido no parque (nem no mapa achei esse aquário) e logo depois avistamos um personagem estranho. Eu fiquei na dúvida quanto a quem seria. Hahaha. Ele tinha uns dreads no cabelo, um físico musculoso e uma maquiagem no corpo só até o tornozelo. Do pé pra baixo tudo branco (reparem na foto!). Meio estranho mesmo. Mas ele foi simpático e valeu a foto. Somente quando autografou é que constatei que era o Tarzan.
Já era bem tarde e conseguimos explorar boa parte do que gostaríamos no parque. Confesso que eu não queria ir embora dali, mas meu corpo já pedia um descanso. Fomos então tirar as últimas fotos na frente da árvore e vou dizer, peguei dois fotógrafos bem mal humorados no AK. Pensei em reclamar no Guest Relations mas não o fiz por preguiça de perder meus últimos minutos tão preciosos de Disney. Conclusão: as fotos que tirei com umas molduras de animal print nunca que apareceram no meu Memory Maker. Alguém sabe dizer se seria possível reivindicar isso ainda (fui ao parque dia 17/04)?
Bem, numa suave caminhada entre bichos e plantas fomos parar lá no RainForest. A entrada é por uma loja linda, cheia de bichinhos e outras tentações. Mais uma vez Alice amou e queria tudo, mas se contentou apenas com fotos. E aí então chegou a hora de resgatar um marido perdido. Perdido nada, tava era feliz demais naquele lugar tão legal. O restaurante é fantástico, todo temático e com um cardápio delicioso. Famoso por uma sobremesa diferentona que tem lá. Mas eu não comi nada porque estava entupida ainda com o almoço do Tusker, mas só de sentar ali e tomar um refri já valeu a visita.
Pois bem, chegou a hora da nossa despedida dos parques da Disney. Assumo que saí dali com um nó na garganta, deixando tanta coisa por conhecer. Mas ao mesmo tempo já sentindo uma vontade enorme de voltar.
Dica da vez: quando for montar o seu roteiro, acate as opiniões alheias mas siga o seu coração. Não tem como dar errado!
E então saímos do parque e jogamos direto no gps a busca por uma Ross mais próxima. Já era hora de arrumarmos as malas e as nossas coisas não iam caber nas 4 malas que compramos.
Mas isso vou contar só no post de compras – o último da nossa saga.
Beijo grande e, mais uma vez, agradeço o carinho que demonstraram nos relatos.